sexta-feira, 4 de outubro de 2019



CONTOS CONCRETOS : BOTUCATU

PROJETO DE ESCOLA de 1966 sob reformulação à SECRETARIA DA CULTURA da PMB ,em 2011. Obra de 1966., "Centro Educacional Infantil Municipal em Botucatu "(prefeito J. Amaral Amando de Barros) segundo conceitos de "Parque Infantil" (escola, lazer e alimentação) de Mario de Andrade, quando na Secretaria de Cultura e Recreação do Município de SP (décadas de 30 e 40). Os volumes soltos do C.E.I.M. com salas de aula curvas e abertas em praça pública certamente quebravam a rigidez de escola convencional. A obra foi mais entendida pelas crianças do que por vários prefeitos que se negaram concluir superfícies de isolantes térmicos sobre as cambotas. Enfim em 2011 (prefeito João Cury) , após 45 anos, completamos a obra com volumes em cubos tornando-se hoje: Centro Cultural e Secretaria de Cultura da Cidade. Coisas de Brasil.

MEMORIAL DE 1966. e FOTOS DO "CENTRO EDUCACIONAL INFANTIL MUNICIPAL"

Segue abaixo reprodução de texto conceito da época. Escola "Parque Infantil" avenida Dom Lucio Botucatu.

"O conceito de "escola Parque Infantil" construído em São Paulo em quadras urbanas se propõe integrar o ambiente de Ensino com o de Lazer, em Praça Publica seguindo o ideário de Mario de Andrade quando Secretario da Cultura e Recreação do Município.
Em Botucatu, o Projeto Arquitetônico proposto para a Dom Lucio consolida esse conceito acrescido ao simbolismo de arquitetura como objeto de imagem lúdica as crianças, construído em módulos soltos de Salas de Aulas em uma praça urbana arborizada.
O Conjunto Escolar devera ser completo em seus objetivos e programa de Ensino e a Praça sera equipada ao uso publico de lazer e ensino, alem de brinquedos e áreas infantis.
A escola terá poucos espaços edificados em solidas e aconchegantes "abobadas" como "iglus" fechados. A integração desses módulos de Salas, Oficinas, Administração, Infraestrutura, Galpão e Cozinha será em coberturas abertas ao vento e à paisagem da Praça Pública. Envolta por ruas e habitações.
Essa articulação de "cheios" e "vazios", cultura e lazer, será o instrumento articulador: crianças-sociedade.
Uma concepção simples e funcional, de estética atraente delicada e solida, mimetizam "escola-lazer".

Arquiteto Nadir Curi Mezerani "






2011 SEGUE ABAIXO A PROPOSTA E OBRA DE REFORMULAÇÃO DE USO DA ESCOLA INFANTIL A SECRETARIA DA CULTURA DE BOTUCATU
























Arquiteto Nadir Mezerani
Calculo estrutural eng. Figueiredo Ferraz

quarta-feira, 3 de julho de 2019

9 de Novembro de 2016
Comentando: PRAÇA POR DO SOL

Há tempos, quando estudante no Colégio Bandeirantes,  percorria a "Estrada das Boiadas" a caminho de Botucatu (cidade na trilha indígena "Peabiru") pela “Marechal Rondon", posteriormente pela "Rodovia do Oeste", hoje, triste "Castelo Branco" .
A histórica "trilha" Estrada das Boiadas, onde está a "Praça Por do Sol" é desde 1958 a Av. "Diógenes Ribeiro de Lima", nome atual da rua onde moro.
Não há saudosismo, mas necessidade de entender o passado transmitido por fatos que nos apoiam agora em trilhas  seguras sem que os sonhos se percam nos medos de enfrentar a realidade presente, com ou sem soluções.
Fechar praças e ruas são meros e efêmeros recursos, mas não  soluções. E entrega-se a cidade à incompetência ou à falência da politica de administrar os bens públicos.

Cada praça não só tem sua função social e um elenco de histórias, como também problemas que assustam administradores "errantes", fechando seus espaços que dão resguardo a indigentes, drogados e muito mais.
Fecha-se o público como se fosse privado.

A pequena "grande" Praça Por do Sol é peculiar em sua paisagem de beleza natural, onde uma multidão de gente fica hipnotizada numa única direção por tal natureza. Nela há sonhos acordados de ver a imensa "Bola de Fogo" que nos ilumina e foge em eterno e esperançoso espaço, ressuscitado no dia seguinte.

Nela também há o corriqueiro: maconha, bebida, urina, merda de cachorro, namoro e sujeira. Há décadas a prefeitura "dava" conta de sua conservação. Agora piorou muito, mas vamos, então, nos fechar em gaiolas?  (O desenho anexo foi extraído do livro "Reflexões Urbanas" -1984 dos amigos arquitetos Ernesto Zamboni e Teruo Tamaki -).
Nos jornais e em nossas conversas profissionais, não faltam reflexões sobre o orgulho e males das cidades, seu dinamismo é nosso espelho, tema que continuarei em outro artigo.

A Praça é simples: rodeada de ruas de mãos duplas e movimentadas em um bairro privilegiado; sua topografia íngreme a torna uma arquibancada do sol que some no palco; palco também de shows de músicas; sua amplitude visual é impar na extensão da cidade à oeste, onde poucas casas, muitas montanhas e árvores se perdem no infinito; sua topografia a torna transparente, não há  recantos que crie "esconderijos"; suas poucas e suficientes arvores  não são  a causa de sua significância e fama; não é um Ibirapuera que pelas dimensões foge da segurança das leis, da Policia, portanto; não requer milhões de dólares para ser iluminada coerentemente e garantir que  seu  antigo sucesso não se perca em saudosismo; as três dúzias de casas que a rodeiam, que perdem seu sossego em fins de semana e feriados, já se beneficiam merecidamente, desde há muito tempo, como Zona Residencial pelo Zoneamento .

Hoje esse ambiente necessita ser reordenado para garantir a urbanidade que vem sendo perdida, algo que nos assusta, mas é inaceitável em ruas e bairros da cidade.
A pequena Praça, que infelizmente já foi cortada por uma creche, requer um planejamento coerente com sua força: não merece ser envolvida por grades ou construções de edificações de quaisquer espécies.

Certamente o apoio de projetos de contextualidade e conservação são indispensáveis, sob gestão semelhante àquela que o Metrô consegue cumprir sua obrigação.
 Assim como ruas chamadas "corredores" são atualizadas em sua legislação de usos, a rua à cavaleira da Praça, Des. Ferreira França, para garantir a harmonia existente, dentro do legítimo dinamismo da cidade, pode  "contribuir" com, por exemplo, dois imóveis, hoje desocupados e com difícil comercialização, para usos administrativos, segurança e infra estrutura de atendimento comunitário.
As habitações existentes deverão continuar emoldurando a sustentabilidade de uso social da Praça
A praça Por do Sol e seu entorno devem ser devidamente conservados, iluminados, monitorados com farta comunicação visual de normas de uso e segurança que a protejam do mau uso. Certamente o "Comitê Gestor do Parque - Praça Por do Sol" saberá geri-la, às expensas do Poder Publico, usando de seus  instrumentos legais .

Praças e ruas, nossos espaços públicos, requerem enfrentamento de conservação e uso seguro como sendo a riqueza maior da cidade, para chegarmos as nossas casas.
 Fecha-se o público que é público.

A Praça Por do Sol nasce na Estrada das Boiadas onde livremente São Paulo cresceu a oeste, o sol nela ainda deve se por redondo e iluminante, público !

quarta-feira, 13 de março de 2019

A difícil arte da arquitetura em seu urbanismo necessário


Desvendamos os mistérios sobre o Muro da USP


Projeto prevê túnel no lugar do Minhocão - 4 de fevereiro de 2004

 
Após notícias recentes da Prefeitura propondo usar o Minhocão como Parque Linear, preocupados, resolvemos divulgar esta matéria de 2004 e sequencialmente, publicaremos texto complementar.

quinta-feira, 22 de março de 2018


Conversando sobre arquitetura: Ensino e Profissão
24/05/2017